Nei Duclós
Levo para Deus vossa presença
a graça dos contemporâneos
amigo sem fé, mulher, criança
andorinhas a todo pano
Da palavra fiz meu arrimo
e do coração a carruagem
vivi teu tempo, amor sublime
e por tuas mãos a eternidade
Não me permiti ser distraído
a vertigem está por toda parte
todo andar é palmilhar o abismo
Ao cruzar o rito de passagem
no destino que por fim me habita
serei a luz que recebi na origem
RETORNO – Imagem desta edição: foto de Cartier-Bresson.