Faz tempo. As lembranças se misturam.
Rostos, cabelos, beijos. No fim, tudo
é abandono. Ficam os poemas,
restos de feira a exalar perfumes
Sonetos jogados pelos cantos
brilhos de amores que se foram
ou apenas fantasias que nos sugam
já que não amamos, apenas somos
Não passamos de insones criaturas
em eternas oficinas que machucam
Forjas de acenos, esteiras de corpos
Sobras em Cupido, deus numa redoma
que se diverte flechando sonho alheio
já que é solitário, nunca se apaixona
RETORNO - Imagem desta edição: Leonilla , Princess of Sayn-Wittgenstein , obra de Franz Xaver Winterhalter.
Sonetos jogados pelos cantos
brilhos de amores que se foram
ou apenas fantasias que nos sugam
já que não amamos, apenas somos
Não passamos de insones criaturas
em eternas oficinas que machucam
Forjas de acenos, esteiras de corpos
Sobras em Cupido, deus numa redoma
que se diverte flechando sonho alheio
já que é solitário, nunca se apaixona
RETORNO - Imagem desta edição: Leonilla , Princess of Sayn-Wittgenstein , obra de Franz Xaver Winterhalter.