a junto para o futuro. Leu o poema? Agora ele faz parte do teu acervo de amor.
Poesia é fé. Quero ser a marca no teu coração, prova de que passei pela Terra.
Tua beleza é ficar longe de ti e sentir falta.
Revi bastante os poemas. Gostei. Mas prefiro os que não fiz e que te surpreendam.
Inteligência é mais uma provocação da beleza insuportável.
Não basta dizer que continuas minha. É preciso que apareças, rainha.
É preciso mais do que um aceno para que eu volte a compor e pare de reler os versos escritos na maré alta do amor.
Primeiros brotos de flor que darão fruto daqui a um ano. Pequenas, vermelhas, fechadas. Segredos de romã, amor pelo avesso.
Quando tudo parecia perdido, ela confessa saudade. Onde deixei meu casaco de linho do primeiro encontro?
É comum invocar o mistério para não dar bandeira sobre a própria racionalidade. A feiúra se amansa quando não vê inteligência na beleza.
Veranica a pleno, a esta altura dando praia, como tu, quando tira a saia.
Minhas palmas em teus ombros. Meus olhos em teu fundo. Meu corpo ainda tenso. Teu rosto sem fôlego. Não vamos falar mais nada, pois já dissemos tudo.
O sorriso é a senha para o fogo.
Chega de conversa: onde está o
beijo?
RETORNO – Imagem desta edição: cena de Pina, de Wim Wenders.
RETORNO – Imagem desta edição: cena de Pina, de Wim Wenders.