Nei Duclós
Soneto é fantasia, carnaval de letra,
nudez de alegoria. Acaba em cinza,
poeira do destino. Você que foi musa
por um dia sabe como isso funciona.
Pura fantasmagoria o poema limite
quatorze punhais na esquina, versos
sem compostura, melodias de revista
na ferrrugem de um carrossel na chuva
A verdade acaba contigo? Imagine
o poema que se enfeita para a estréia
e acaba numa happy hour no subúrbio
Ele é o pierrot de remota colombina
amante sem ter sido, apenas lantejoula
que brilhou ao teu lado e agora só suspira
RETORNO -
Imagem desta edição: Colombina,obra de Liscia Weiss.
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