Nei Duclós
Vejo o entardecer na rede
Céu de ouro antes da bateia
Azul de azulejo varre o ermo
Coruja pousa no poste de cera
Repete o mântra e se manda
Desfia o ar como um novelo
Há convite mas nenhuma estrela
Que no camarim olha-se prenda
Brilha o rosto no porão do reino
Broto da velha romã é borra
Onde pisa altiva a Soberana
Noite em caldeirão de ferros
Eles marcam a carne do poente
Sopro iminente do mistério.
E a Lua, na miséria, onde anda?
RETORNO -
Imagem desta edição: Moon Over Amsterdam, foto de Daniel Duclós.
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