Néi Duclós
Minha poesia existe enquanto eu ficar vivo
Depois de partir ela vai para o limbo
Lá onde nem os anjos lêem o que me sopraram no ouvido
Tanto escrito para acabar no exílio
Não é necessário compor uma obra
Que jaz esquecida em qualquer caminho
A não ser que eu cante sem esperar auxílio
Dos contemporâneos ou pósteros filhos
Cante anônimo como os passarinhos
Misturados às folhas de uma selva virgem
Intocada pela vaidade e o brilho
Selva escura de um remoto destino
Nei Duclós
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