Nei Duclós
Estranhas que te amo e saio cedo
Antes dos pássaros da manhã gloriosa
Como um fugitivo de nosso compromisso
Levanto acampamento sem desmontar a lona
Ficas chorona, não sabes ao certo
se volto ou se te esqueço agora
E qual é o emprego que mantenho
Quando libero os navios da barra
Não sabes o que fazer comigo, liso amante
É como no cânone do meu sindicato
Faço direito mas não me reconhecem
Reclamam que eu canto canções de outro tempo
Enquanto consigo o melhor resultado
Esperam que eu desista ao ser cancelado
No árduo trabalho de físico acervo
Assim voltarão aos seus afazeres
Com a importância de não fazer nada
És diferente, tens noção da hora
Em que levanto ao nascer do dia
Pronto para assumir a velha batalha
Mas cultivas o mesmo ressentimento
Só que contigo minha fuga é aparente
Neles eu enterro qualquer providência
E em ti no fundo nunca vou embora
Nei Duclós
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