Nei Duclós
Admiro o balé, adoro o flamenco
A graça e a contundência do movimento
Seja quem dança homem ou mulher
As pernas que trançam, as ondas dos braços
O corpo em espiral, os joelhos que voam
Na ponta dos pés, nos dedos mais longos
Gerando espaços nos limites do palco
Ou mesmo na rua para os que passam
Não tenho mais jeito no peito ou nos ombros
Não alcanço com a idade esse antigo sonho
De ser pé de valsa com a debutante
Fazer no cinema o que vi antigamente
Mas tenho a palavra com a força dos anos
A palavra fala por mim, e me desenha
Eu pulo até aonde o amor me convence
Nei Duclós
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