Nei Duclós
O corpo procura seu próprio caminho
O espaço de cura entre a flor e o espinho
A rima mais pura da sua poesia
O corpo reage no oculto cassino
Que rege a conduta de um jogo já visto
As fichas vendidas na sorte sem rumo
Talvez seja morte, talvez seja vida
E por milagre ele então ressuscita
Da coma na idade, sem assinatura
Aposta alegria quando tudo está sujo
Ou cede à medida que o tempo permite
O corpo é a palavra que dorme no fundo
E deixa que as falas façam tumulto
Um dia ela acorda no seu paraíso
E diz para Deus: sou tua profecia
Nei Duclós
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