Nei Duclós
Sombras transitam pelo piso
Sem a presença normal de um corpo fisico
São sinais enviados por espiritos
De mundos onde vive um dos meus filhos
Se é que existe como dizem os escritos
Esse lugar de provação e sacrificio
Que a morte coleciona à revelia
É certo que nos cerca onde existimos
Na véspera de partir, nosso destino
Faço orações entre meus pedidos
Para que haja paz lá onde habitam
As almas libertas de suas cruzes
Mas ainda ao redor da vida antiga
Varro o chão coberto dessas pistas
Espalho as cinzas que aqui se depositam
Sentimentos e memórias esquecidas
Mas em vão, elas voltam noite e dia
Não há como escapar desse mistério
Nem vamos decifrar o ocorrido
Na árvore da ciência o fruto proibido
Não temos acesso nem razão e nem motivo
Nei Duclós
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