Nei Duclós
Acordamos cedo na roça do poema
Sitiantes da palavra à margem do latifúndio
Lavradores de grãos de ancestral linhagem
Colhedores dos frutos de pequena monta
Morangos e amoras de ductil manejo
Suamos antes do sol e sua faina
Sob o testemunho de friorentas estrelas
O horizonte muge de excessivas tetas
O resto do mundo dorme desprezando
esporos
Enquanto continuamos no chão bruto deste ofício
Os anjos entendem
E providenciam nosso lanche
Nei Duclós
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