Nei Duclós
O vento a chuva o tempo
Não são escultores
O acaso não constrói templos
As pedras em forma de gigantes
Nao são obras aleatórias
As águas canalizadas no deserto
E que escorrem há milhares de anos
Não são naturais, como a noite
A mão inteligente plantou florestas
Esboçou montanhas
Criou grutas com pilares e paredes
Como obras de arte
Desenhou calçadas que margeiam a devoção até o topo
Que se debruça sobre o mar e o horizonte
Tudo isso está exposto
Como se fosse um segredo
Mas são apenas as tábuas da lei
Da nossa gênese
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