Nei Duclós
Jogas água fria com medo da fervura
Minha tocaia no miolo da curva
Foges assim do que será um dia
Tu em meus braços a pedir clemência
Achas que podes desfazer costuras
O fio que nos une é de boa procedência
O amor destruirá tua teimosia
Teu álibi perfeito, o de ser jurista
As leis não te protegem, beldade no ofício
Não cubra o inevitável com tua pose de doutora
Já entrei em teu caminho, sacerdotisa
Subo na carruagem enquanto dás gritinhos
Sou o monstro que invocas em teu êxtase
Chega de disfarces, pilha de ternura
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