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15 de agosto de 2020

DERRAMA

 Nei Duclós


 

É suave quando transborda

E roça  da cabeça aos pés

Derramando-se sinuosa

Rodeando cada acidente

Uma curva, um monte, o mato ralo em frente

As colunas do templo mais abaixo

Que sustentam as mãos

Em sérios procedimentos

 

Assim grudamos 

Para passar a noite

Terminamos expandindo o expediente

Durante o dia também  somos amantes

 


 

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