Nei Duclós
A arte se despe
Das luzes, do palco
Da maquiagem
Das plateias dos teatros
Das bilheterias
Dos lançamentos vernissage
Entrevistas coletivas sessões de fotos autógrafos
Dos microfones câmeras caixas de som eletricidades
O artista cru sobre um prato
Sem estúdios equipes agentes diretores falas
A arte em si mesma
O corpo como instrumento
Na cozinha na sala
A cara lavada o gogó escasso
Sem ver nada, o público confinado
A arte de volta ao que era antes de ser levada para os
palácios
O tribuno em cima de uma pedra
Um profeta no deserto
Um poema que o vento leva
E pousa em teu coração
Aberto
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