Arrisco a obra que de obra não tem nada
Já que não me cobra a majestade do espólio
E se oferece na feira sem os valores canônicos
Nem por isso deixa de ser o acervo que cultivo
Com o piso do mercado ou seja nada
Pois o poema está vivo e recusa o vicio
De ser um caso especial no mundo dominado por mendigos
O fato é que a poesia é como batida metáfora
Flor selvagem nascida nas fendas do martírio
Que medra livre ante os pontapés da fúria
Não por ter perfume mas por ser o que não morre
Composta do risco de criá-la em sacrifício
Sem dar retorno a não ser dizer que existo
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