Nei Duclós
Tardes inteiras em bancos de praça
Junto a canteiros desabitados
Lá as flores não vingaram
E não se demoram os pássaros
Solidão e penúria em quartos alugados
Corredores sem fim ao cair da tarde
Viagens em trens desconfortáveis
Só havia um hábito, a palavra
Ela me tirou da perdição
Arte soprada em flautas de osso
Tambores do Outro Lado, onde se forjava o corso
E puxávamos o cordão da escola da esquina
Eram os Rouxinóis, que preenchiam todos os vazios da rua
Os Rouxinóis, diziamos, que é o maior
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