Nei Duclós
Passado o primeiro tiro
Que ecoou aqui dentro
Nos acostumamos
É tempo de sobreviver
Miserável combatente
Dispersar no vento a obra de pano
Suja de pó e de lixo orgânico
Malhar em ferro frio o que não se dobra
Recolher-se ao grude na remota montanha
E em pura pedra submeter-se
Os tiros nos avisam
O chumbo chega quente
Fugimos para a rua
não há quem nos enfrente
Somos invisíveis espíritos de gesso
Há tempos atingiram nossa erguida fronte
Tombamos quando era a hora da colheita
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