A ninguém mais pertences
Náufraga do poente
Mesmo que os deuses te celebrem
Em intimas fogueiras
E dances saudando a lua cheia
Para atrair os monstros
A ninguém mais pertences
A não ser a mim
Bruto conviva do amor ausente
Que te alimentou na praia coalhada de perigos
E construiu uma balsa de conchas e cactos
E te trouxe pelo pulso evitando tua entrega
À corte de Netuno
Com quem querias te afogar, áspera Pandora
Só a mim, confessor dos teus arrulhos
Que te prendeu ao vento com tiras de pano
arrancadas à força
Pois nao me querias
E só encontraste a mim
Triste figura de cavaleiro andante
Farol de vagalumes, algoz de gigantes
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