Nei Duclós
És proibida, eu sei, de chegar mais perto
Assim mesmo arriscas, flor rude do cacto
A censura não impede o ferimento
que mostras para mim, decisiva prova
Não prestas atenção, me dizes, pura lágrima
Ficas na sombra porque o sol se posta
Entre a criatura que ficou de fora
E coração como biruta em tempestade
Mas conservas a vontade, como um pecado
Que a virtude adoça na intensa espera
Bastará um gesto, talvez no acaso
Para romper o selo de tamanha diáspora
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