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7 de agosto de 2018

EM QUALQUER TEMPO

Nei Duclós


Em qualquer tempo ocupo um só espaço
O corpo transfigurado pela viagem sem volta
O carrossel que em rodízio
Aguarda a tua ciranda

A trova é feita de espera
E coisas sem importância
Gravetos de uma fogueira
Peixe dourando a brasa

O vento espalhou a chama
E um pássaro deu o recado
Teu perfil de navegante
Avisava a tarde mansa

Te recebi com as flores
Que cultivei na montanha
De lá avistei teu sonho
Bandeira por sobre a gávea



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