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5 de dezembro de 2017

CONVICTO



Nei Duclós

O que eu digo convicto é a virtude?
Sobre o sonho, o amor, a política?
O que espalho com rima na esquina
Em palestra de cara auto ajuda?

Minha razão é a única digna?
Sou perfeito se abraço o mendigo?
Se adoto o bichinho sem dono?
Se invisto na Bolsa a futuro?

Sou exemplo de Caminho do Meio
No templo cristão zen budista?

Ou seria a paixão nunca vista
Nas redes, jornais ou comício
a verdade que junto comigo
empresta no barro o divino?

A semente que a vida carrega
pelo tempo de fim imprevisto?


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