Nei Duclós
É limitado o que foi escrito
corpo datado entre espíritos
não viram a explosão dos ares
que são a base e os princípios
Não sabem o que veio agora
em que tudo em si se devora
nem a luz escapa desse vórtice
o presente que enfim danou-se
Passado e futuro ficam na masmorra
o momento é rei e nos esbagaça
viver é arruaça, a mente se ofende
os livros se atiram do alto da estante
Ponho um bilhete na redoma de vidro
e jogo no ar, entre os resíduos
o furacão o leva para uma estrela
lá vive um amor, feito de memória
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