Nei Duclós
Procuras o que hoje não entrego
Contrariando a fome do poema
Oculto a lavra do tardio esquema
Fio desencapado a tomar chuva
Previsão de um adiado choque mútuo
Finjo me ocupar explorando grutas
Nenhuma lâmpada conserva-se no intimo
O inverno combinado às armadilhas
Faço de conta que não há registro
Para um salto quântico, o encontro
Prefiro a solidão, crepúsculo do verbo
Mas és avessa à decisão de ausências
E rompes a estação cobrando a conta
A palavra está na pele, rigor de mântra
O som do amor cultivado na colheita
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