Nei Duclós
Eu vim do Brasil
É a frase a ser dita
Depois que a fronteira nos expulsa
Nas terras além dos limites
Vim da nação que jamais cabe no exagero,
por ser sempre maior
E não se trata apenas da paisagem
Mas da riqueza ombro a ombro com a miséria
Ambas sobrando como as ondas
Que nas marés engolem as praias e mais a lua
E não falo apenas dos povos que em raça e gênero se
conflitam
E se misturam, mas o desplante do caráter e do convivio
Falo da História que em enigmas nos confunde
Nas invasões, nas guerras que se ocultam
em documentos que alimentam as traças
Ou na criação que do alto à decadência
Faz rodizio como campo e cordilheira
Só há um jeito de mostrar
a verdadeira dimensão do gigante
É pela poesia, dança da palavra
Que na mulher e no homem faz volume
O coração em movimento, seu domínio
permanente sobre o tempo
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