Páginas

12 de junho de 2017

FAMINTO

Nei Duclós

É muito rico o que tens de vida
que me constranjo por pouco seguir-te
Ocupo o tempo em outro redemoinho
Onde me atenho ao pensar faminto

Quero resolver no modo sozinho
ventos confinados em dura armadilha
quando deveria ao viajar contigo
aprender o voo que sem noção adio

Longe de ser só demagogia
temo no entanto entregar o jogo
Confessar que me transformei mendigo
de uma vida voltada ao abandono


Nenhum comentário:

Postar um comentário