Nei Duclós
Ainda é cedo para a lua
A fase é da árvore tardia
A que fica exposta no crepúsculo
E some no breu das armadilhas
A lua exige tempo e não faz sombra
Apenas poesia em poucas linhas
Seus versos nos machucam
E ficam, como tatuagens íntimas
A arvore, mesmo sem o fruto
Conforta a ilusão de haver um ninho
Faltam pássaros, os sussurros
Mas as folhas nos fazem companhia
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