Nei Duclós
O poema imperfeito não pode abusar na sus angústia de ser
cool a qualquer preço.
Precisa no mínimo de um arranque, um verso sem retoques, a
tinta invisivel que risca com estilete o outro lado da parede do quarto de um
hotel barato.
Algo zipado que transcenda e não aborreça a leitura com
transgressões forjadas
Porque um poema é como o assobio de um pássaro feio, há algo
que sai dele sem assustar a natureza bem comportada dos ouvidos
O poema imperfeito atrai pela melodia imprecisa criada nos
intervalos do seu trabalho de escravo.
Que vibre o mantra pesado mas tenha pés de barro, esse
soneto pela metade, esse hino antigo dos tempos do colégio.
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