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21 de março de 2017

BRAÇOS



Nei Duclós

Dentro de nós a nação existe
feita de memória e árduo ofício
Costura frágil mas ainda explícita
palavra com postura digna

O presente espúrio é só um capítulo
que se desfaz como falso tecido
ele cobre a rua e torna-se invasivo
mas nada pode contra o amor ferido

Porque somos marcados pela sombra
não significa que manteremos a escrita
da dor e suas leis, eterna ruptura

No meio do conflito mostramos cicatrizes
quem haverá de negar o pobre heroísmo?
Temos dois braços para segurar o mundo


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