Nei Duclós
Tens o que pega, o dorso íntimo
a superfície que é, no fundo
a fruta de tua compostura
voo de um amor posto no lixo
Tens o que navega, tua conduta
jugo que compõe a pena máxima
no corredor do tempo o absurdo
é insistir em ti, beleza em fuga
Volto ao aprisco, saudoso do balido
que emito ao ver que te aproximas
pastora sem piedade, odalisca
rainha sem império, pura vida
Rabisco um apelo, fico sério
talvez te apiedes, beldade bruta
teu poder há de ter a rachadura
provocado por quem te pega a unha
RETORNO - Imagem desta edição: Jennifer Lawrence
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