Nei Duclós
Hoje é o dia de ontem, que se
liberta
do futuro. O tempo é peso pluma
Borra a leitura na exaustão do
rosto
Estrofes ainda verdes na bagagem
Revejo a agenda que me embarcou
no estranho trem cruzando túneis
a sair da sombra aflorando versos
Limpo o sereno no vidro indevassável
Primeira estação: a primavera
Jogue no mar o desejo sem retorno
Receba de volta a flor que
perseguiu
o vento e aporta na ilha deserta
Contas momentos para guardá-los,
tontos, em jogos de porcelana,
secreta coleção de sonhos,
som de um involuntário realejo
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