Nei Duclós
Pelo amor te ungi minha rainha
e me fizeste cavaleiro andante
peitei gigantes, invadi moinhos
montado em sonho e prataria
Mas traíste o cetro imerecido
o tesouro se condoeu da vilania
Tua beleza foi à lama por inveja
por obra da maçã desperta e suja
Será tarde demais, já dei o alarme
quando acordares do repouso ignóbil
flutuando sem norte na vergonha
E a culpa foi ter me destituído
do papel de consorte, amante, amigo
numa carta inútil, de próprio punho
RETORNO - Imagem desta edição: detalhe de obra de Velasquez.
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