Nei Duclós
Dormes para evitar o assombro
A porta escancarada de anjos
O ruído que corrói o sótão
a parede aberta para a chuva
O medo te ama, sonso Morfeu
te põe em cama suja de pregos
te pune com seus brinquedos
louça em carrosséis de seda
Acordas nas hora alta, fora de si
sobes degraus inexistentes
ficas no telhado por um tempo
tua camisola venta em segredo
Tens o testamento, tinta fresca
usada por ancestral medonho
a casa que habitas te condena
a carta que recebes é despejo
Fazes as malas, improvável fera
fareja nas janelas presas, corres
és fugitiva de uma herança torpe
querias sorte, ganhaste escombro
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