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22 de abril de 2014

CEREJA



Nei Duclós

Teu vulcão ativo submerso
forma ilhas onde me conservo
em lava fertilizada pelo incêndio

Mais fogo do que água
trazes sal no íntimo desejo
derrama de sol comigo dentro

Pego de surpresa na inocência
fantasia solta de sereno
dose que repito a cada volta

Chocolate branco no ambiente
da cereja, és quem não aguento
por ter me acostumado ao medo

Repões o movimento, ficas trêmula
sabendo que não passa de momento
essa erupção de sonho em oceano

Jugo soberano, liberdade em termos
um ao outro, doce reconhecimento
exercemos a arte da excelência

RETORNO - Imagem desta edição: Maureen O´Hara