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15 de outubro de 2013

IMAGINADA PELE



Nei Duclós

Imaginada pele. Perto, pertinha.
Amor que se define, aos poucos,
como brisa ou pássaro que saltita

Há paz na janela de vidro
quando enxergo tua voz em cada pio
de  primavera viva

Como negar o que já está explícito
esse fluir de plumas no sonho aquecido
pelo sentimento sem fim que nos habita?

Para ti, agulha que costura o rito
onde amarro o coração, arrulho
de rosto úmido, teus córregos vindos

de uma altura, lá onde transborda
teu feminino vínculo, glória líquida
de algo maior do que já é esplêndido:

o teu sorriso, fruto do destino
que me subjuga