Nei Duclós
Inteira comigo em jardim conflagrado
armas te cercam em castelo na planta
mexes no vinho em mensagem de guerra
atiras um pombo diante dos sabres
Pintas meu rosto, amor sem futuro
tuas cores me flagram além do poente
pintora de arrulhos, refrega de cordas
manténs a distância e tremes na base
Passo a cavalo na água corrente
ferozes atentos na aldeia molhada
esparramo na lama a voz de soldado
Condeno os algozes em dor por decreto
cumpro a sentença impondo a vitória
pulas em mim como águia no inverno