Nei Duclós
Fuja da tentação, pássaro diurno
voo miúdo fora do teu ninho
flecha em direção à surra da razão
puro impulso, inquebrantável vidro
Sou como tu, viagem de olho rútilo
busco a religião do esquecimento
jogo para o chão o meu tormento
e subo para algum lugar sem rumo
Fuja, vão te acusar de muito louco
por escolher a dor do desconforto
em vez de recolher tuas asas pobres
Nada paga essa sensação de sorte
que temos ao nos jogar no espanto
portanto voa, norte que me inventa