Nei Duclós
Sossega, meu amigo, a guerra não termina
teu filho reclama e te alucina
teu pai está de cama e sente frio
Sossega meu amigo, tudo é uma ciranda
quem treme é porque abraça a calmaria
Temos medo, por isso essas canções sem brilho
Melhor é abrir os braços para o fim dos anos
que apesar da esperança, está chegando
como um fogo atiçando nosso corpo
Entenda que a morte não desiste com nenhum lamento
que é bom lutar em qualquer tempo
e que a vida é o preço que pagamos
RETORNO – Imagem desta edição:
Amendoeiras em flor, de Van Gogh.