Nei Duclós
Não sou teu querer, terreno avulso
folhas de outono se soltam sujas
o verbo é mordomo de antigo castelo
devemos amor no registro estéril
Perdemos a tarde, leilão de confisco
sopramos areia no rumo da guerra
saímos da terra para o gesto arisco
abrimos janelas para ruas de feltro
Pouso no mar da falta de abraço
colo vazio de uma estrela veneno
tuas rendas voam sem endereço
Aprendi a perder depois que partiste
mas insisto em viver o eterno romance
durmo contigo em qualquer continente
RETORNO - Imagem desta edição: Ingrid Bergman.