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14 de julho de 2012

SAGARANA 48: ESCRITORES E NOVAS TECNOLOGIAS



Recebo correspondência de Julio Monteiro Martins, da Italia, anunciando a edição n° 48 da revista Sagarana, em língua italiana. No Editorial, “L’estasi della trasformazione”, Julio faz “uma reflexão sobre o futuro literário e cultural da Itália, e sobre as estratégias que deverão ser adotadas pelos escritores para que possam afirmar-se nos novos tempos e vençam o desafio dos leitores, das novas tecnologias e do provável desaparecimento da editoria tradicional.” A capa é dedicada ao compositor e poeta genovês Fabrizio De Andrè, com a publicação da letra de uma das suas mais importantes canções, “La domenica delle salme”.


A seguir, um roteiro de leitura da Sagarana 48, transcrito da mensagem enviada:

 Neste novo número estão presentes diversos ensaios e artigos inéditos, “1912, il big bang di Kafka”, de Ricardo Salmón; “Gli scrittori federali della Florida”, de Elisabetta Soro; “Benvenuti al manicomio”, de Chris Hedges, que abre com a frase “quando una  civiltà si avvia verso la morte incomincia ad impazzire”, e o ensaio crítico “La  realtà e la realtà raccontata”, de Lorenzo Spurio, além de uma carta de Che Guevara a Ernesto Sabato, a “Come si diventa scrittore” da escritora “imigrante” suiça-húngara Agota Kristof, morta recentemente, a “Il poeta e il mondo” da prêmio Nobel Wislawa Szymborska e textos de Enrique Dussel sobre os indignados e de Rita di Leo sobre os últimos anos da União Soviética.

 Em Narrativa temos a tradução inédita de um conto de Lygia Fagundes Telles, “As formigas”, a antecipação de um trecho do romance “Memórias do Cárcere”, de Graciliano Ramos, “Le donne della cella 4”, que descreve a entrega de duas revolucionárias, Olga Prestes e Elisa Berger, por parte do Governo brasileiro da época à Gestapo de Hitler para que fossem executadas em  Auschwitz, além dos contos “Un letto fra le lenticchie” de Alan Bennett, “La madre” de Italo Svevo, “Moghreb” de Isabelle Eberhardt, “La saggezza di Mennùsh” de Elisa Chimenti, “La dieta” de Woody Allen e “Il migliore d’Inghilterra”, de James Lasdun, além de trechos de romances de Imre Kertész, Stephen Crane, Stefano Tassinari, Alberto Moravia, Nicolai Lilin e Alina Bronsky.

 Em Poesia, uma tradução inédita de três poemas de Michael Krüger realizadas pelo poeta ítalo-alemão Gino Chiellino, “Non sappiamo congedarci” de Anna Akmatova, “Difficoltà nel governare” de Bertold Brecht, poesias inéditas de Olive Senior, Juan Carlos Mestre, Arundhathi Subramaniam e outras poesias di Marina Mariani, Walter Valeri, Brian Patten e Laureano Albán. E temos ainda as poesias dos novíssimos autores presentes na seção Vento Nuovo e os contos produzidos no laboratório de narração Il quartiere dei destini incrociati, de Milão, além de trechos escolhidos dos Nuovi Libri di Erri De Luca, Elizabeth Van Gogh, Walter Siti, Fiorino Roberto e Brice Matthieussent.

Há também a atualização da seção Il Direttore, com o conto Francesco, de Julio Monteiro Martins.