Nei Duclós
Mão em concha na forma do teu seio
molho salgado no sopé de Vênus
nós de tronco na cerca que se esgarça
nudez em pelo e um míssil sobre a renda
Sorvo o que falta, bujão de oxigênio
coração que salta em jorro pela boca
teu pulo doente de tanto que repete
a espuma generosa nos dias de sorte
Somos destino, não há o que resolva
fila do matadouro do gado de corte
corpo sobre a lama, pele sem retoque
Depois perguntam quando aparecemos
com a cara lambida de quem fez bobagem
por que babamos esse olhar sem norte
RETORNO –
Imagem desta edição: Milla Jovovich.
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