Nei Duclós
Vamos falar do ruído, que é o silêncio
no intervalo da lata, teus soluços
arrombo da mudança, andar mudo
que inauguramos entre desavenças
Vamos falar do jeito bruto que servi
teu peito ferido pela tempestade
e como descobri que sempre sou
o que não devo ser, pedra lascada
E de como sumiste pelo pó dos ares
princesa que desperdiçou seu canto
sou servo de uma herança de maldades
Agora é tarde e só descubro o pranto
diante de tua lembrança, papel e vento
Voas no mar, de onde me expulsaste
RETORNO –
Imagem desta edição: Winona Ryder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário