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15 de dezembro de 2011

JACK O MARUJO, UM HOMEM HONRADO


Nei Duclós

Qual será seu epitáfio? perguntou a biógrafa. Era um homem honrado, disse Jack o Marujo

Não estás mais conosco, disse a viajante. O mar é imenso, disse Jack o Marujo

Qual a mensagem que deixa para quem te admira? perguntou a amiga. Sou amor e tudo gira em torno disso, disse Jack o Marujo

Adeus, disse o garoto. O Sr. me traga uma estrela do mar. Vou colher a mais bela, disse Jack o marujo. E enviarei pelas mãos da Sereia

O senhjor não ditará mais suas aventuras? perguntei. Já tens o suficiente, disse Jack o Marujo. O resto vou soprar no ouvido do Criador, a quem tudo pertence

O senhor então vai partir, disse o Almirante. Cumpri o dever, meu mestre, disse Jack o Marujo. Agora faço parte do mar

Quando o sol beijar o horizonte, serei eu selando teus lábios, disse Jack o Marujo. Troco tudo por um lugar no teu barco, disse a viajante

Ele precisa sumir, disse a Sereia. Não há mais lugar para um bravo em terra firme. O capitão será nossa bandeira, disse o novo grumete

Hora de partir! gritou o corsário. Desçam todos e me deixem com a Sereia, disse Jack o Marujo. Esta viagem não comporta coadjuvantes

Todos ficaram tristes, disse a Sereia apontando o grupo solitário no cais. Vão superar, disse Jack o Marujo. Agora eles abraçaram a bravura

O nome do novo grumete era Santiago. Muitos anos depois perguntavam: O capitão existiu? E onde está agora? Onde houver mar, dizia Santiago


RETORNO – Imagem desta edição: Velho marujo, de Antonio Ferreira. Tirei daqui.

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