Nei Duclós
Não adianta espernear, laço a cintura
na pegada mortal da minha sina
é natural que me entregues a doçura
eu amargo o poder de ser o crime
Finges sofrer, garbosa pluma
a soltar-se em prazer com a gritaria
teu modo de mostrar em cama cheia
o mato escondido em tanta lua
Esparramas assim tua folia
enredando teu urso, agora em curso
que roça a espinheira em pele fina
Cumpres, ao se debater, a fantasia
a que te trouxe aqui entre desmaios
a frescura do amor que dá bandeira
RETORNO –
Imagem desta edição: A Fonte do Amor, obra de Jean-Honoré Fragonard
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