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28 de dezembro de 2011

DESMAIO


Nei Duclós

Arte é plataforma, patamar, mirante
meta de um ofício, harém de sínteses
onde chega o mestre, séquito de sabinas
festa de aprendiz em carrossel de ritos

Palavras sem sentido adquirem vida
situações sem brilho na Lua refocilam
de lá se avista o corpo transcendido
sem a corrosão acumulada em lixo

Meta impossível, esse perfil de esquinas
que define o rosto de algo além da vida
longe da flor que medra sem currículo

Acabo sucumbindo às tentações de estilo
que é teu corpo nobre, estátua de delícias
capricho no cinzel, e desmaias sem ruído


RETORNO – Imagem desta edição: Alessandra Ambrosio

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