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16 de dezembro de 2011

CIRANDA


Nei Duclós

Soneto não resolve, disse o anjo
precisas capturar aquele sonho
antes que a poeira recomponha
o hábito que define o teu refúgio

Poesia é o instante que criamos
para penetrar o miolo do deserto
a dor do puro sentimento
palavra que não tenho e se repete

O poema ilude porque é doce
mas sem a carne e o calor do beijo
somos sabor inútil sem carisma

Venha, amor, diga sim nesta ciranda
perdi a chance combinando tanto
e agora quero me jogar no abismo


RETORNO – Imagem desta edição: obra de Tiziano Vecellio

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