Nei DuclósVocê quebra, colibri do mato
nos meus dedos grossos de estanho
cartilagem como fibra de cânhamo
na pressão do amor desesperado
Você é pluma e eu peso pesado
sou jequitibá e tu begônia
não fosse tua gula por tamanho
estaria eu triste e sem escolha
És borboleta presa na vidraça
retiro o alfinete dos teus braços
e faço pó da coleção de asas
Sou capaz de dizer para ter pressa
de ficar à mercê do meu espaço
para te ganhar,pedaço por pedaço
RETORNO -
Imagem desta edição: obra de Jean-Honoré Fragonard
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