Nei Duclós
Mantemos distância, amor da minha vida
porque assim está escrito nas estrelas
o toque é a pressa que se adianta
no território que pertence ao verbo
É preciso esperar, mesmo que seja
o intervalo de um século ou um milênio
até que enfim a mão encontre a brisa
e a emoção o balançar das pernas
Nesse tempo cultivado entre açucenas
dirão que vivemos no passado
mas o mundo perdeu o seu espaço
quando fez do deserto o seu extremo
e sua origem. E foi isso o que perdemos
O foco era outro, já sabemos
RETORNO -
Imagem desta edição: A Leitora, de Jean-Honoré Fragonard
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