Páginas

27 de novembro de 2011

DILIGÊNCIA


Nei Duclós

Coloquei-a no banco, onde ficou vistoriando a paisagem. E fui para a boléia montar guarda. A diligência cruzou o deserto. Somos um exército

O ruído constante nos mantém presos no mundo que eles impõem para nos escravizar.O silêncio e a poesia constroem outra realidade, com fatos

Quanto mais nos carregam com suas mensagens para nos vender alguma coisa, mais devemos procurar o amor colocado embaixo das pedras

Ela me convidou e fomos então de mãos dadas até o centro do mundo. Lá ela me apresentou como o seu poder mais preciso, o seu amor oculto

Já estávamos prontos naquela hora. Mas faltava algum tempo até raiar o dia, quando a trombeta do navio irrompeu na bruma, como um gigante

O suave jugo da musa é o mesmo sentimento que adoça o peito quando respiramos o ar puro vindo do mar

Liberte-se de palavras, que substituíram coisas, como dizem os mestres. E as encante com tua verve,que dizem ser lábia,mas é condão de poeta


RETORNO - Imagem desta edição: Maureen O´Hara

Nenhum comentário:

Postar um comentário