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25 de novembro de 2011

CRAYON


Nei Duclós

Jurei que ia parar. Até joguei fora
o papel almaço, a caneta tinteiro
o mata borrão, o escritório
pus no lixo o conteúdo das gavetas

E os livros com margens grandes
onde cabem poemas. Acabei com
retratos e posters na parede
fechei o quarto, fui para Londres

Lá fiz faxina em banheiro e passei
a sanduiche dois anos na seca
mas bastou um telefonema, de Creta

para eu sair como insano em teu encalço
e a bordo, no caminho, risquei a carvão
teu nome no casco de todos os cargueiros


RETORNO - Imagem desta edição: Marlene Jobert em O Passageiro da Chuva.

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